Marketing, caso nomore.br

A marca distribuiu panfletos com um X, a frase em inglês “enjoy your liberty”, a data de 19/04 e um QR code que remetia a um perfil no Instagram: @nomore.br.

Na página, um vídeo com algumas palavras de ordem e uma pessoa com a máscara de Guy Fawks, eternizada pelo anonymous, no formato usado no filme “V”.

Mais adiante, trata-se de uma marca de roupas, com o famigerado tecido modal.

No More (usenomore.com.br)

A ideia me pareceu interessante, digo o porque: O momento político nacional, com a briga declarada entre o Sr. Elon Musk e o Sr; Alexandre de Morais, com o primeiro acusando o segundo de impor ordens judiciais ilegais, sem fundamento na constituição ou leis brasileiras, ganharam as páginas e posts nos últimos dias.

O dono do “X” acusa o ministro e atentar contra a liberdade.

Logo, o panfleto distribuído (na cidade de São Paulo?) com a frase em inglês “aproveite sua liberdade” e um grande X em preto e branco, por óbvio despertou a curiosidade.

A primeira estranheza foi remeter ao Instagram, não ao X como seria de se esperar.

Em seguida o vídeo com a persona do Anonymous nos fez acreditar tratar-se de um protesto.

Parece que o mistério e o aproveitamento do “hype” deram algum resultado, o perfil conta com pouco mais de 30 mil seguidores.

Por outro lado, tal como eu me senti, as pessoas tendem a se sentir enganadas e passarem a rejeitar a marca, revelando o risco da estratégia.

Claro: usar uma marca de um grupo não identificado e não coeso, surgido das páginas do 4chan, para promover uma marca, ainda traz o risco de comprar briga com uma turma excelente no teclado. Mais um risco.

De toda forma, mereceu meu registro pela ousadia.


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