Dados serializados, o que são e como funcionam?

No WordPress há vários elementos que são controlados com dados serializados, ae exemplo dos tipos e permissões de usuários inseridos na tabela wp_options.

Eis um exemplo:

Que aponta quais são os plugins ativos na instalação do WP.

Dados serializados são uma forma de armazenar ou transmitir informações estruturadas (como objetos, arrays ou valores complexos) em um formato de string linear. Essa técnica é comumente usada para armazenar dados em bancos de dados, enviar dados por redes ou armazenar configurações em arquivos de texto. A serialização permite transformar estruturas de dados complexas em um formato que pode ser facilmente lido e escrito por sistemas diferentes, preservando a estrutura e o tipo dos dados.

Padrão de Dados Serializados

Não existe um único padrão universal para serialização; diferentes linguagens e sistemas podem usar diferentes métodos. No entanto, alguns formatos de serialização são amplamente utilizados e suportados por várias plataformas, como JSON (JavaScript Object Notation), XML (eXtensible Markup Language) e YAML (YAML Ain’t Markup Language). No contexto do WordPress e da linguagem PHP, a serialização geralmente se refere ao processo específico do PHP que transforma estruturas de dados em uma string serializada, usando as funções serialize() e unserialize().

Exemplos de Serialização no PHP

Serializar um Array

$array = array('apple', 'banana', 'cherry');
$serialized_array = serialize($array);
// $serialized_array é uma string que parece: a:3:{i:0;s:5:"apple";i:1;s:6:"banana";i:2;s:6:"cherry";}

Deserializar uma String

$serialized_array = 'a:3:{i:0;s:5:"apple";i:1;s:6:"banana";i:2;s:6:"cherry";}';
$array = unserialize($serialized_array);
// $array é um array PHP equivalente ao original

Exemplo de String Serializada

Considerando um array simples serializado:

a:3:{i:0;s:5:"apple";i:1;s:6:"banana";i:2;s:6:"cherry";}

Decomposição e Significado

  • a: Indica que o tipo de dado é um array.
  • 3: Indica o número de elementos no array.
  • :: Utilizado como separador entre diferentes partes da string serializada.
  • { e }: Marcam o início e o fim do conteúdo do array.
  • i: Indica que o tipo de dado é um inteiro (integer), usado aqui para os índices do array.
  • 0, 1, 2: São os índices do array.
  • s: Indica que o tipo de dado seguinte é uma string.
  • 5, 6: Indicam o comprimento das strings “apple”, “banana” e “cherry”.
  • "apple", "banana", "cherry": São os valores do array, representados como strings.

Explicação Detalhada

  • Tipo de Dado e Quantidade: O primeiro caractere (a) indica o tipo de dado (array, neste caso) e o número subsequente (3) informa quantos elementos estão no array.
  • Índices e Valores: Para cada elemento do array, temos um par de índice-valor, começando com i para indicar um índice inteiro seguido pelo número do índice. Depois, s é usado para indicar uma string, seguido pelo comprimento da string e o valor da string em aspas duplas.
  • Serialização de Objetos: Se estivéssemos lidando com a serialização de objetos, veríamos um padrão similar, mas com O indicando um objeto, seguido pelo nome da classe, número de propriedades, e então as propriedades e seus valores em um formato similar ao array.

Edição manual

A ideia de editar manualmente dados serializados encontra barreira maior na compreensão da estrutura do que na leitura direta da string serializada. Ferramentas e scripts podem ser usados para deserializar e apresentar esses dados de forma mais amigável.

Ao editar manualmente dados serializados, é essencial manter a consistência da estrutura, especialmente o tamanho das strings (s:5: deve corresponder exatamente ao número de caracteres da string que segue) para evitar corrupção de dados ou erros ao deserializar.

Contudo: a edição manual é desencorajada, a uma pela dificuldade de leitura, a outra por trazr considerável risco de inconsistência.

Uso comum na serialização

  • Armazenamento de configurações: Dados de configuração, como opções de tema em sistemas de gerenciamento de conteúdo, podem ser serializados e armazenados em um banco de dados para fácil recuperação e deserialização.
  • Sessões: PHP usa serialização para armazenar dados de sessão entre solicitações. Cada sessão pode armazenar dados serializados de objetos ou arrays usados durante a sessão do usuário.
  • Comunicação entre Aplicações: Dados podem ser serializados para serem transmitidos entre aplicativos ou serviços. Por exemplo, uma API pode enviar e receber dados em formato JSON, um tipo de serialização.
  • Caches: Dados complexos, como resultados de consultas ou objetos de página, podem ser serializados e armazenados em cache para recuperação rápida.

No Contexto do WordPress

No WordPress, a serialização é usada em várias áreas, incluindo o armazenamento de opções de tema (wp_options), dados de widgets, e metadados de usuários (wp_usermeta). A chave wp_capabilities no wp_usermeta armazena os papéis e capacidades do usuário como um array PHP serializado. Este método permite armazenar arrays associativos complexos em um campo de texto.

Problemas Comuns

  • Corrupção de Dados: Strings serializadas incorretamente editadas podem levar a dados corrompidos, resultando em erros ou perda de dados.
  • Segurança: Deserializar dados de fontes não confiáveis pode levar a vulnerabilidades de segurança, como injeção de objetos.
  • Compatibilidade: Alterações nas classes ou estruturas de dados podem levar a erros na deserialização se os dados serializados não forem atualizados adequadamente.

Quando se trabalha com dados serializados, é crucial garantir a precisão na edição e manipulação desses dados, especialmente ao realizar migrações entre versões de sistemas.


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